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Lições do Curso:

Lição 4 - Princípios de Interpretação Bíblica – Regra 1

 

Introdução

 

                 Graça e paz amados alunos... Entramos nas Regras Interpretação Bíblica, essa etapa é fascinante! Nos próximos dias até o final de nosso treinamento iremos aprender todas as principais regras de análise do texto bíblico.

 

                 Pela sua singularidade, a Bíblia não pode e nem deve ser interpretada ao bel-prazer do leitor. Tenha ele a cultura que tiver, para captar a mente de Deus e o que o Espírito Santo ensina na Bíblia, é necessário estudá-la seguido alguns princípios universalmente aceitos.

                 Os primeiros cinco princípios de interpretação da Bíblia que estudaremos detalhadamente ao longo das próximas lições são os seguintes:

 

1 – Estude a Bíblia Sagrada partindo do pressuposto de que ela é a autoridade suprema em questão de religião, fé e doutrina.

2 – Não se esqueça que a Bíblia é a melhor intérprete de si mesma; isto é, a Bíblia interpreta a Bíblia.

3 – Dependa da fé salvadora e do Espírito Santo para a compreensão e interpretação da Escritura.

4 – Interprete a experiência pessoal à luz da Escritura, e não a Escritura à luz da experiência pessoal.

5 – Os exemplos Bíblicos só têm autoridade prática quando amparados por uma ordem que os faça mandamento universal.

 

            Os princípios 4 e 5 em negrito são uma pedra no sapato de muita gente hoje em dia. Vocês vão perceber que muitos erros doutrinários, que até então não havíamos percebido, vão aparecer. Iremos estudá-los com veemência para não permitir que nada tire a glória de Deus! Estamos todos juntos neste propósito?

(Veja nossa responsabilidade meditando em Filipenses 1:16 – Atos dos Apóstolos 17:11 – Gálatas 1:8-9)

 

            O estudante da Bíblia que desprezar estes princípios de interpretação bíblica, pode estar certo de que não só terá dificuldades em conhecer, aprender e compreender as Escrituras, mais do que isto; confundirá aqueles que por ventura seja levado a ouvi-lo.

            Uma coisa é não saber por não ter tido oportunidade de aprender; outra coisa é continuar na ignorância por rejeitar o conhecimento graciosamente oferecido.

 

Objetivo da lição

 

            Concluído o estudo inicial destas 5 próximas lições (Regras de Interpretação), você deverá ser capaz de:

 

            - Indicar as três questões sobre as quais a Bíblia tem autoridade, segundo pressuposição do estudo bíblico;

          - Dizer teologicamente qual o melhor intérprete da Bíblia;

          - Mostrar duas fontes espirituais das quais os crentes devem depender para compreender e interpretar as Escrituras;

          - Indicar o que dá autoridade prática aos exemplos bíblicos.

 

 

Princípios de Interpretação Bíblica

 

Regra 1

Estude a Bíblia Sagrada partindo do pressuposto de

que ela é a autoridade suprema em questão de religião, fé e doutrina.

 

 

            Como prometemos, essa parte do curso é maravilhosa em questões práticas para entendimento e aplicação. Sem “perda” de tempo vamos, de pronto, aplicar essa maravilhosa regra de interpretação da Bíblia.

 

            Em assuntos de religião, fé e doutrina, consciente ou inconscientemente, o crente se submete à Tradição, à Razão ou às Escrituras. A autoridade a que ele se submeter determinará seu tipo de crença.

 

A autoridade da Tradição

 

            O que a Igreja Católico-Romana crê quanto à pessoa da Virgem Maria, pode ser tomado como exemplo do que uma pessoa, grupo ou igreja crê por força da tradição. O que a Bíblia ensina sobre Maria só é aceito à medida que este ensino satisfaça o que tradicionalmente é aceito pelo Catolicismo. Desse modo, a tradição, e não a Bíblia é o guia e juiz da Igreja Romana em tais assuntos.

            Outros exemplos seriam o que chamamos de “sacramentais”, como o sinal da cruz.

            

Aplicação da regra:

            A Palavra tem supremacia sobre “invencionices” tradicionais de qualquer igreja que seja, e qualquer coisa que coloque em detrimento as verdades de Deus deve ser rechaçada.

            Exemplo: Alguém pode dizer:

            - “Ao longo da história da igreja sempre colocamos Maria como sendo agraciada e mãe de Deus. Oramos a ela como intercessora em relação a Deus e para favor dos homens.”

            Você pode responder citando a regra, mais ou menos assim:

            - “Não é o que a igreja ensina que determina o que devemos crer. A Bíblia Sagrada é a autoridade suprema em questão de religião, fé e doutrina. Mesmo porque, o único intercessor entre Deus e os homens é Jesus!” (1 Timóteo 2:5)

 

            Os irmãos compreenderam a aplicação desta primeira regra sobre a Tradição?

 

A autoridade da Razão

 

            Por outro lado, em boa parte do protestantismo moderno, o racionalismo ocupou o centro das atenções, quando entra em questão aceitar ou rejeitar determinados segmentos da revelação divina. Para o liberalismo e o modernismo teológico, em tais casos a mente humana é o guia supremo e juiz. Para o racionalismo teológico o mais importante não é o que a Escritura diz sobre este ou aquele assunto, mas até que ponto a mente humana aceita ou rejeita o que é dito.

 

Aplicação da regra:

            Em se tratando de consciência humana, ao aplicarmos essa linda regra, a Bíblia é colocada de forma suprema sobre quaisquer pensamentos que buscam sufocá-la.

            Exemplo: Alguém pode falar coisas do tipo:

            - “Ah... Mas esta é minha maneira de pensar! A minha igreja sempre pregou isso/aquilo ao longo do tempo!”

            Mais uma vez você pode responder citando a regra:

            - “Entendo sua colocação, porém devemos aplicar que a Bíblia Sagrada é a autoridade supremaem questão de religião, fé e doutrina. O que você pensa ser certo ou errado para a sua igreja ou para você, não tem autoridade prática a não ser que seu pensamento esteja alinhado com as Escrituras”.

 

            Ficou claro para os irmãos?

 

            Ao nos depararmos com doutrinas que colocam em detrimento as verdades de Deus, devemos estar afiados para enaltecer a autoridade das Escrituras Sagradas.

 

A autoridade das Escrituras

 

            Independentemente do testemunho da tradição e da razão, o crente verdadeiro tem na Bíblia o seu guia e juiz infalível. Para ele, as declarações da Bíblia são finais. Ele crê que a Bíblia registra as intenções a as vontades de Deus, por isso pode crer nela. Ele aceita o testemunho da tradição e da razão, mas enquanto estas não entrarem em conflito com a Escritura. Para ele, o que importa é: “O que a Escritura diz sobre isto?”

 

            A diferença básica entre o crente que prioriza a sua crença na Bíblia como autoridade maior em questão de religião, fé e doutrina, e aqueles que confiam primeiramente na tradição e na razão, é que o crente está sob a autoridade da Escritura, a qual ele aceita como a única e inspirada Palavra de Deus.

 

            O capítulo 7 de Mateus registra que Jesus “ensinava como quem tem autoridade” (Vers. 29). Mas em que se baseava a autoridade de Jesus? Como saber que Ele é verdadeiramente o Cristo como Ele declara ser? Em resposta a essas questões desafiadoras, Jesus dizia: “Se alguém quiser fazer a vontade dele, pela mesma doutrina, conhecerá se ela é de Deus ou se eu falo de mim mesmo” (João 7:17). A disposição de fazer a vontade de Deus é prioritário aqui. Neste caso o fazer vem antes do saber. A entrega pessoal a Cristo vem antes da aquisição do conhecimento. A propósito disto, há mais de mil e quinhentos anos, Agostinho disse: “Creio, logo sei”.

 

            A autoridade tem a ver com a vontade, com a obediência e com o fazer. A inspiração relaciona-se com o intelecto, e o entendimento com o conhecimento. A questão da inspiração deve seguir-se à autoridade. Somente depois de você fazer o que Cristo lhe manda que faça é que você ficará sabendo que Ele é o Cristo; assim também, só depois de submeter-se à autoridade da Bíblia e obedecê-la, é que você saberá que ela é a inspirada Palavra de Deus.

 

            Amém meus queridos irmãos? Guarde isso no seu coração e pratique a Defesa da Fé!

 

            Até a próxima regra de interpretação bíblica se assim o Senhor Nosso Deus nos permitir. Reflitam sobre isso... 

 

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Mais uma vez, pedimos aos irmãos que façam um resumo do que entenderam nessa lição no Whatsapp do seu tutor.

Iremos receber, analisar e logo depois confirmaremos sua presença.

 

Fiquem todos na paz de Cristo!

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